As Fintechs e a transformação digital do mercado de crédito

O Open Banking acelerou de vez a transformação digital do mercado financeiro brasileiro e as Fintechs desempenham papel fundamental


As Fintechs e a transformação digital do mercado de crédito

O Open Banking acelerou de vez a transformação digital do mercado financeiro brasileiro e as Fintechs desempenham papel fundamental nesse processo. 

Se até 2019 o terreno encontrado pelas Fintechs no Brasil era inóspito e obsoleto, podemos dizer que com a chegada do Open Banking a terra ficou fértil. 
Em primeiro lugar, o mercado se abriu para as transformações e, com isso, as Startups Financeiras conquistaram espaço para entregar soluções inovadoras, agregando ainda mais valor a seus clientes.
Da mesma forma, a aceleração digital do mercado inspirou novas maneiras de fazer negócio e, com isso, as duas pontas do processo — clientes e agentes financeiros — saíram ganhando.

As Fintechs na contramão da crise 

O ano de 2019 foi um divisor de águas para a representatividade das fintechs no ecossistema financeiro nacional. 
Com uma movimentação de investimentos quase três vezes maior em relação ao ano anterior, o volume de negócios chegou a quase US$ 1,6 bilhões. 
No ano de 2020 o mercado de fintechs continuou a crescer. Aliás, esse foi um ano decisivo para o setor, com crescimento de 34% só nos primeiros nove meses do ano.
Estamos falando de US$ 939 milhões em aportes, segundo dados da hub Distrito. Mais que isso, nos últimos 5 anos, foram investidos US$ 2,4 bilhões nesse mercado 

A transformação digital dos meios de pagamento

Quando olhamos para os processos de transações financeiras do Brasil, podemos facilmente dividir o mercado em antes e depois da pandemia. 
Isso porque, a crise sanitária mundial ajudou a acelerar o processo de incorporação de novas tecnologias ao nosso sistema financeiro. 
Como prova disso, temos o volume de usuários que deixou de lado a resistência à utilização de serviços  remotos, junto a necessidade de isolamento social.


Dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostraram que, somente em 2020, o uso dos cartões na internet cresceu 32,2%, movimentando R$ 435,6 bilhões.
A mudança no comportamento do consumidor também pode ser observada quando olhamos para o mobile banking, que se tornou o principal canal utilizado pelos brasileiros para suas transações financeiras.
De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), desde 2016, as transações bancárias realizadas através dos canais digitais — internet e mobile — responderam por 74% das operações em abril de 2020.

Sistema financeiro cada vez mais digital

Como resultado, a implantação do Open Banking e do PIX no Brasil, pelo Banco Central, só demonstrou que a aceleração digital do mercado financeiro brasileiro é um caminho sem volta. Que bom!
O terreno está cada vez mais fértil para as fintechs e seus modelos de negócio inspirados na agilidade e na melhor experiência do cliente.
Como consequência, temos também um novo perfil de consumidor: conectado, intuitivo e cada vez mais acostumado com os processos digitais. 

Para acompanhar esse processo, bancos e demais agentes financeiros vem modernizando seus processos e se empenhando na transformação de seus serviços, para atender às novas demandas.
Com isso, o que observamos são processos de fusão, incorporação, compra, venda e parcerias, unindo, por exemplo, bancos tradicionais aos modelos inovadores de negócio das fintechs.
As oportunidades existem, principalmente para quem consegue modernizar o pensamento e entender qual a necessidade desse novo perfil de cliente.